A Monte Alegre

‘Ou isto ou aquilo’

Antes de mais nada, quero contextualizar: o título deste texto nada tem a ver com o momento político. Até porque, para mim não é uma questão de escolha. Sou a favor da democravia, único regime possível. Esclarecido este ponto sensível, quero dar duas sugestões de livros que me pousaram às mãos em tempos recentes e podem ser boas leituras para as crianças. Estantes cheias de livros são as melhores amigas, sobretudo em tempos de tantos

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Crescer e cuidar

Ode à leitura e à escrita em tempos tão sensíveis

A mineira Conceição Evaristo teve uma infância difícil. Embora com muitas privações, porém, ela sempre foi cercada pelas palavras afetuosas e inspiradoras da mãe e das tias. Mas, foi mesmo quando teve oportunidade de ter acesso a livros que um novo mundo se descortinou. Hoje é linguista,  escritora laureada, poeta, cronista e teve uma carreira muito bem sucedida como pesquisadora-docente universitária. Participa ativamente dos movimentos de valorização da cultura negra. Foi um salto, sem a

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Sem categoria

O mundo das plantas

“Entre 400 milhões e 1bilhão de anos atrás, diferentemente dos animais, que escolheram se mexer para encontrar alimento, algo indispensável, as plantas tomaram uma decisão oposta no aspecto evolutivo. Elas preferiram não se mover, obtendo do Sol toda a energia necessária para sobreviver e adaptando o próprio corpo à predação e a inúmeras outras restrições decorrentes do fato de estarem enraizadas no solo. Isso não é nada fácil. Tentem pensar como é complicado permanecer vivo

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O bom livro do novo Rei da Inglaterra, ambientalista preocupado

Foi-se a Rainha Elizaberth. Viveu 96 anos intensos, e deixa em seu lugar o príncipe, agora Rei Charles, que assume com 73 anos. Importante é saber que o Reino Unido terá um monarca bastante comprometido com as questões ambientais. Sei disso porque li seu livro “Harmony – A Revolução da Sustentabilidade” (Ed. Campus Elsevier), que pretendo apresentar aqui para vocês. Vale a pena. Charles é um ambientalista muito preocupado com os problemas socioambientais do mundo.

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Crescer e cuidar

‘Ser estrangeiro’, um livro que ensina a viver o lugar do outro

Imagine-se no lugar do outro. Imagine-se vivendo uma situação semelhante ao que o outro vive. Imagine-se… Convidar o leitor para viver, na ficção, o que o outro vive, é uma receita amorosa de escrita. E é desse jeito que o autor João Paulo Charleaux conquista seus leitores para o livro “Ser estrangeiro” (Ed. Claroenigma, 2022). Um tema dos mais sofridos, que mostra a face mais individualista dos humanos, recebe um tratamento ao mesmo tempo didático

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Notícias

Somos todos seres vivos!

Com otimismo, podemos dizer que nossa era  avançou bastante em tecnologia de dados. Com pessimismo, precisamos constatar que nem sempre uma profusão de dados adianta alguma coisa para se mudar o cenário. Seja ele ambiental, humano. Nesta semana, a Secretaria de Ambiente e Clima do Município do Rio de Janeiro divulgou a informação de que retomou a divulgação das listas das espécies nativas de fauna e flora ameaçadas de extinção na cidade. O último relato

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A Monte Alegre

Bem Viver, o movimento que tem raízes indígenas, conquista outros povos

O Parque Lage, no Rio de Janeiro, é um espaço que muitos chamam de mágico. A natureza se impõe ali, e as pessoas acatam este valor mais alto. Caminham devagar, contemplam, falam menos e mais baixo. Uma reverência. Nos dias 12, 12 e 14 de agosto, o lugar recebeu o Festival Iris Pro Bem Viver. Estruturado por uma organização sem fins lucrativos, idealizado por três mulheres, o evento foi palco para ótimos pensamentos. Falou-se de

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Notícias

Breve relato sobre ‘A queda do céu’ no dia internacional do indígena

Hoje é o Dia Internacional do Indígena. O que quer que queira significar esta efeméride, criada pela ONU em 1995, fato é que é sempre bom lembrar do povo que habitou originariamente a Terra Brasilis antes de os portugueses terem chegado aqui. Um povo que, seguindo a tendência atual de absoluta falta de conexão e respeito, hoje precisa lutar – esta é a expressão correta – para conquistar um direito básico: continuar vivendo nas florestas.

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A Monte Alegre

O tempo da delicadeza

A manhã transcorria pertencida daquela falsa normalidade que nos deixa com a alma aquietada. Não tinha caminhado nem cinco minutos quando ouvi um latido forte de cachorro angustiado, nervoso. Sou completamente afetada por cães. Sinto a angústia deles na voz, e isto já me tirou da falsa normalidade. “A manhã começou tensa”, pensei. Na sequência, vejo o rapaz sair com o carrinho de sua bebê, que chamava pela mãe. Pouco atrás, a mãe, de sandálias

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A Monte Alegre

Homenagem ao Curupira na caminhada matinal

“Depois então entra lá na minha página do Insta! Está bem, legal, você vai gostar” “Vou entrar lá sim, valeu!” O diálogo foi capturado por mim durante a caminhada matinal. Os personagens são desconhecidos, são dois homens. Mas o teor da conversa se tornou universal. Se alguém ouvisse isto há duas décadas, não iria entender nada. Hoje, porém, tenho certeza de que todos vocês que estão lendo este texto entenderam muito bem a mensagem. No

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Notícias

Médico não é Deus!

                          “Apenas paciência e modéstia.       Silêncio. Uma atenção leve, mas sem falhas. É preciso muito amor […] O recém-nascido é como um espelho. Reflete sua imagem. Depende de vocês não o fazer chorar” Este é um trecho do livro “Nascer Sorrindo”, editado no Brasil em 1975 – e, na França, um ano antes – pelo obstetra francês Frédérick Léboyer. Ele deu nome a um método de nascimento, na época revolucionário, que priorizava um olhar cuidadoso,

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A Monte Alegre

Sobre o sentido da vida e o desejo de incentivar leitura nas crianças

Dia de dar duas boas sugestões para vocês. A primeira é a leitura de “A vida não é útil”, último livro do xamã Aylton Krenak, editado pela Companhia das Letras. Como sempre acontece quando leio livros de Krenak, sou tomada por duas sensações muito fortes. “Não é possível, ele é muito catastrofista” é a primeira, logo seguida por uma tomada de consciência: “É… ele tem razão”. E esta última sensação prevalece. É imprescindível ler Krenak,

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