Imaginar é uma arte natural das crianças. Elas estão o tempo todo, investigando e explorando as possibilidades de conhecer. Quando se deparam com uma novidade, não titubeiam em inventar signos, símbolos, palavras, cores, verbos e assim, a vida ganha tons, cores, cheiros e fica muito interessante e rica.
A inspiração para a Festa do Folclore, realizada na Chácara do Céu pela A Monte Alegre no dia 30 de setembro de 2019, resgatou a cumplicidade entre o poeta Manoel de Barros e as crianças. Esse encanto que eles possuem em observar, admirar as coisas como são, sem ‘comparamentos’.
Resultado de uma práxis cotidiana cultivada na escola A Monte Alegre, e, que o tempo de estar presente é fundamental.
Nosso agradecimento aos que estiveram presentes nessa comemoração chegam como sementes poéticas, inspiração para nossa caminhada pedagógica coletiva.
Viver a cultura popular é viver uma segunda infância, porque a pessoa se
permite brincar, experimentar, conecta-se com a sua potência.
(Andrea Jabour)
É preciso brincar para afirmar a vida!”, é preciso levar o adulto e a criança a brincar, a experimentar com o corpo esta afirmação de vida. (Lydia Hortélio)
Para ter uma verdadeira troca com as crianças, a pessoa precisa conhecer a sua própria expressão, trabalhar o movimento, o mundo sensorial por onde a criança vai aprender. (Andrea Jabour)
Quando se trabalha com o toque, com as mãos, trabalha-se a informação de sensação para sensação, de movimento para movimento. Trabalha-se com a escuta! Isso é milenar, porque o bebê aprende assim, pelo contato, pela delicadeza, pela sensibilidade do toque na relação com o outro, principalmente com a mãe, e as células do corpo vão registrar essa informação, registrar as impressões do que ele vive. (Andrea Jabour)
Sentir e escutar o corpo nos leva para o simples, a felicidade do simples.
(Andrea Jabour)
Para uma criança a felicidade pode estar num balanço, pois lá, ela está inteira naquela experiência, no prazer e alegria daquela simplicidade que é balançar (Andrea Jabour)
A Acolhida é um momento inicial de abertura dos nossos encontros. Um momento dedicado a conectarmos sensações, imagens, afetos e ideias. Oque significa liberarmos os pesos, e sairmos em busca do que pertence a cada um: respiração, movimento, articulações, circulação. (Nuelna Vieira)
O corpo é um meio de expressão, não um meio de atuar automático. O trabalho corporal desenvolve a sensibilidade, a imaginação, a criatividade e a comunicação. (…) Nossa história se inscreve em nosso corpo e os movimentos são reflexos de emoções e sentimentos (Angel Viana).
Aproximar-se do corpo sensível é uma proposta “de acordar o corpo. O momento em que podemos sair de um estado de tensão para um estado de atenção com o corpo” (Catarina Resende).
Na troca entre o que o palhaço leva e o que a criança traz, também o palhaço sai modificado. (Flavia Reis)
Nessa ciranda brincante, um carinho especial para Ricardo Gadelha (pai da Serena e idealizador do Solo protocolo), ao Grupo Maker (Pedro Zohrer), Betina ( que marcou presença na culinária), Ecobé (especialmente ao Sebastião), Thiago( que nos presenteou com a roda de Capoeira) , a Carol Pacini ( e seu despertar para as artes). As oficineiras que fizeram atividades com as famílias, como Barbara, Joana e Rosa ( do Grupo do Berçário), Chayenne, Juba, Isabele e Sabrina (com o Grupo Estrela do Mar), Barbara, Renata e Mara (com o Grupo da Minhoca), Angelica, Erika, Camila e Thaiana (com o Grupo da Gelatina) e ao Grupo dos Ninjas que chamaram todos para a roda. Não podemos esquecer da participação especial do Toni (pai do Antônio Caetano com as músicas que eles criaram inspirados no poeta Manoel de Barros) e também da Ana Lobo (com sua oficina de stencil) e todo o pessoal da Kangen (que criou a nossa nova identidade visual, lançada no dia da festa).
fonte: Fragmentos são de textos sobre o curso publicado em http://www.ritimo.org/article5516.html
Fevereiro de 2015
